AMÉRICA CONTEMPORÂNEA: IMPERIALISMO E LATINIDADE


A política externa norte-americana no contexto da Guerra Fria foi alvo de críticas por parte de diversos movimentos associados a manifestações culturais variadas. Na década de 1960, especialmente devido à intervenção norte-americana na Guerra do Vietnã, um movimento artístico-musical passou a contestar o chamado "modo de vida americano". Esse movimento foi encabeçado:


pelos festivais de música popular americana, que buscavam valorizar a cultura popular em oposição ao consumismo.


pelas manifestações pacíficas dos hippies, que revolucionaram os padrões culturais a partir do festival de Woodstock.


pela luta revolucionária dos Panteras Negras, que popularizaram os festivais de jazz no país.


pela criação dos festivais de jazz e blues, que buscavam maior reconhecimento da cultura negra.


pela radicalização do movimento hippie, que reforçou o consumismo da indústria cultural norte-americana.

Além da agitação política, a década de 1960 também ficou conhecida pelo surgimento de uma revolução sociocultural, que despertou um profundo sentimento de indignação naqueles que conseguiam perceber as contradições do sistema capitalista norte-americano. Criticando as autoridades e os valores da classe média, muitos jovens adotaram estilos alternativos de vida. 

Considerando esse contexto, pode-se afirmar que esse movimento de contracultura reivindicava, principalmente: 


rejeição aos valores socialistas; apoio à Guerra do Vietnã; liberdade cultural em prol do movimento negro; valorização do nacionalismo.


liberdade de expressão; expansão do modo de vida americano; a discriminação formal contra negros; e o apoio ao esforço de guerra americano.


maior liberdade na vida cotidiana; punição aos comunistas e socialistas; retirada das tropas soviéticas do Vietnã; apoio político ao movimento hippie.


luta por direitos políticos; liberdade de expressão; igualdade entre as raças, entre homens e mulheres; e a liberdade sexual.


fim da Guerra Fria; nacionalização dos festivais de rock; apoio ao militarismo norte-americano; e reconhecimento dos direitos femininos.

Desde o final da Segunda Guerra Mundial até o início dos anos 1970, os Estados Unidos passaram por um período de grande desenvolvimento econômico, acompanhado de importantes mudanças de comportamentos e valores sociais. A respeito desse contexto, analise as afirmativas a seguir:


I - A partir do final da Segunda Guerra, a economia dos EUA passou a ser controlada pelas grandes corporações, que moldaram a política nos anos 50 e passaram a garantir melhores salários para os trabalhadores em troca do controle conservador da economia e sociedade.

II - Os norte-americanos tornaram-se grandes credores das nações capitalistas. Conglomerados transnacionais americanos tornaram-se grandes investidores, tanto na Europa e no Japão quanto na América Latina, Ásia e África.

III - Forjada em 1947, no início da Guerra Fria, as relações dos Estados Unidos com o restante do mundo foram determinadas pela Doutrina Truman, que propunha a política de “contenção” ao comunismo, então ideologia oficial da União Soviética.

IV - O Plano Marshall, além da ajuda externa para reconstrução da Europa, se constituiu em uma manobra estratégica fundamental no interior da Guerra Fria visando estabelecer a “coexistência pacífica” entre os Estados Unidos e os países do Leste Europeu, através da política de investimentos no bloco soviético.


As afirmativas corretas estão contidas em:


II, III e IV, apenas.


I e IV, apenas.


II e III, apenas.


I, II, III e IV.


I, II e III, apenas.

"Fale macio e use um grande porrete", era o lema do presidente norte-americano Theodore Roosevelt para justificar a política externa dos EUA, em fins do século XIX e início do século XX. A respeito da política conhecida como "Big Stick", podemos afirmar que:


dizia respeito à política norte-americana com relação à América Latina durante a Guerra Fria, quando deu apoio político e militar a diversas ditaduras militares, visando impedir o estabelecimento de regimes comunistas semelhantes ao de Cuba.


foi a orientação dada pelo serviço secreto norte-americano a seus agentes infiltrados na URSS e nos países da chamada Cortina de Ferro no Leste europeu.


era o lema dos Estados do Norte durante a Guerra de Secessão, durante a qual os escravos foram libertados, como forma de enfraquecer as forças sulistas.


foi uma continuidade do expansionismo interno, marcado pela Marcha para o Oeste e pela Guerra de Secessão, que implicou nas seguidas intervenções militares norte-americanas que transformaram o Caribe em sua área de influência.


significou uma medida pragmática dos norte-americanos logo após a independência, buscando superar o isolamento diplomático, ao mesmo tempo que combatia o exército britânico.

A ascensão e consolidação dos Estados Unidos como país hegemônico no século XX teve vários fatores. A respeito desses fatores, julgue os itens que se seguem e assinale a resposta correta:


I – A política externa norte-americana do século XIX priorizou a consolidação da nação, procurando garantir sua segurança e unidade nacional mediante o distanciamento da Europa.
II – Para manter suas alianças políticas o governo norte-americano formulou várias doutrinas, norteadas pelas noções de comércio e cooperação política, a exemplo do Corolário Roosevelt, que estabeleceu a política da boa vizinhança com os países latino-americanos.
III – Apesar de surgirem como nação imperialista no fim do século XIX, foi no pós-Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que o papel hegemônico dos Estados Unidos no mundo capitalista atingiu o seu apogeu.
IV – Nos anos 2000, a “guerra preventiva”, estabelecida pelo governo Bush, substituiu a luta contra o terrorismo na Guerra Fria pelo combate ao comunismo socialista, de países como Cuba, China e Iraque, o que fortaleceu a liderança dos Estados Unidos no mundo capitalista.

É CORRETO apenas o que se afirma em:


I e III.


I, III e IV.


I, II e III.


III e IV.


I e II.

Leia com atenção a citação a seguir:

 

“Não é verdade que os Estados Unidos sintam fome de terra (…). Este país não deseja senão ver os vizinhos estáveis. (…) no hemisfério ocidental, a adesão dos Estados Unidos a Doutrina de Monroe pode forçá-los, ainda que com relutância, em casos flagrantes de malfeitorias ou impotência, ao exercício de poder de política internacional.” (Mensagem de Theodore Roosevelt ao Congresso em 1904).

 

Baseando-se nas leituras realizadas, podemos afirmar que a política intervencionista norte-americana, nas primeiras décadas do século XX:


centrou-se na Ásia, em especial no Japão, onde ocorria, desde meados do século XIX, uma forte pressão para abertura de seus mercados.


caracterizou-se pela ação militar contra áreas centro-americanas e caribenhas (Big Stick), sob a justificativa da defesa dos interesses norte-americanos.


dirigiu-se contra a Europa, tendo como base a Doutrina Monroe (“A América para os americanos”), principalmente após a 1ª Guerra Mundial.


voltou-se contra o Canadá, já que havia um desejo histórico de unir as antigas áreas coloniais inglesas na América do Norte em um único país.


deslocou-se da América Espanhola para o Brasil, como no caso da “Revolução de 1930”, procurando diminuir a influência inglesa ao sul do Equador.

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